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RS vai diminuir intervalo da 2ª dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer

 

Período entre as aplicações será reduzido de 12 para 10 semanas

O Rio Grande do Sul vai reduzir o intervalo entre a primeira e a segunda dose de duas vacinas contra a covid-19, decidiram a Secretaria de Estado da Saúde (SES-RS) e os secretários municipais da Saúde em reunião na tarde desta segunda-feira, 12.  A definição foi tomada devido à suspeita de dois casos da variante Delta (com origem na Índia) em investigação no Estado. O resultado deve sair até o fim da semana. 

A AstraZeneca e a Pfizer terão intervalo reduzido de 12 semanas para 10 semanas. A medida vale para todos que já receberam os imunizantes e para os futuros vacinados. Não haverá alteração para a CoronaVac, que permanece com 28 dias entre as aplicações. A Janssen é de apenas uma injeção. 

A mudança vale a partir desta terça-feira, 13, segundo o presidente do Conselho dos Secretários Municipais da Saúde (Cosems-RS), Maicon Lemos. A SES organiza-se para enviar mais doses destes imunizantes a partir de quarta-feira, 14, aos municípios, mas aqueles que tiverem em estoque já podem aplicar a partir desta terça. 

O objetivo é garantir melhor resposta imune para essa nova variante, uma vez que apenas uma dose é pouco efetiva. “Para essa cepa, é ainda mais necessário ter o esquema vacinal completo”, explica a diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, Ana Costa. “Temos nesta semana um novo cenário na pandemia em território gaúcho, com duas suspeitas dessa variante, que se mostrou mais agressiva. Diminuímos o intervalo dentro da margem de segurança da efetividade da vacina, e acelerar a imunização completa da população com a dose 2”, completou a diretora.

A decisão foi tomada durante reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), levando em consideração que a SES tem 687.105 doses da Astrazeneca reservadas na Ceadi para serem distribuídas às Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) e aos municípios nos próximos dias. Quanto a Pfizer, o adiantamento da aplicação não trará impacto neste momento, uma vez que não há remessas com prazo para dose 2 até o início de agosto.

“É muito importante deixar claro que há um fato novo, que muda o cenário da vacinação no Estado. Precisamos evitar ao máximo a contaminação por uma nova variante, agindo em todas as frentes para evitarmos mais internações e mortes”, explicou o presidente do Cosems/RS, Maicon Lemos, que participou presencialmente da reunião na Secretaria da Saúde. “Esta é a melhor conduta dentro do cenário que temos hoje. O adiantamento da dose 2 se mostrou efetivo em diversos países e garantimos a imunização completa em menor tempo”, acrescentou.

Todas as remessas daqui para frente que o Estado receber dessas duas fabricantes utilizarão o intervalo de 10 semanas. De acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, este intervalo diminui individualmente a proteção contra a doença, mas é efetiva para interromper uma possível circulação da variante delta. As próximas remessas que chegarem ao Estado deverão ficar reservadas para garantir o tempo de aplicação da segunda dose dentro do prazo.

A secretária da Saúde, Arita Bergmann, ressaltou que “não devemos usar doses reservadas para dose 2 (D2) para primeira aplicação (D1) e nem vice-versa. É um adiantamento de duas semanas na D2, mas todo o planejamento restante segue o mesmo”.

Lactantes

Também foi definido durante a CIB desta segunda (12) a priorização da vacinação de lactantes, mães que estejam amamentando bebês com até 11 meses e 29 dias. Essa estratégia visa a proteção dos bebês ao serem amamentados por mães vacinadas. As mães nesta situação poderão adiantar a aplicação da vacina, independentemente da faixa-etária. É importante destacar que não serão distribuídas doses extras para esse grupo, sendo que a organização e o chamamento dessa população ficará a cargo dos municípios.

Crianças e adolescentes

A terceira pauta aprovada pelo Estado e por municípios é a ampliação das vacinação de crianças e adolescentes entre 12 e 17 anos, 11 meses e 29 dias que apresentem comorbidades com o imunizante da Pfizer. Esta vacina tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a faixa etária. “Todas as pessoas com essa idade que vieram a óbito no Rio Grande do Sul tinham alguma comorbidade”, explicou a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos.

Esse grupo começará a ser vacinado a partir da próxima distribuição, em que o Estado enviará doses específicas para a faixa etária. O Cevs publicará nota técnica especificando as comorbidades que serão abrangidas.


Fonte: Jornal Folha do Noroeste

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