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Combustível insuficiente pode ser a causa do acidente com a Chapecoense.


Prioridade para outra aeronave pousar e combustível insuficiente podem ter causa

Prioridade para outra aeronave pousar e combustível insuficiente podem ter causa

No mesmo instante, o avião com a equipe catarinense desviava a rota original
Combustível insuficiente e a necessidade de aguardar no ar muito próximo à rota de um avião que desistiu de ir para o Caribe e precisou fazer um pouso de emergência no aeroporto de Medellín. Essa combinação de fatores é apontada pelo ex-comandante Carlos Camacho, especialista em desastres aéreos, como causa do acidente que matou 71 pessoas – da comitiva da Chapecoense, jornalistas e tripulação –  na madrugada desta terça-feira, na Colômbia.
Imagens do radar mostram o momento exato em que o avião da empresa Viva Colômbia, que voava de Bogotá, na Colômbia, para San Andres, no Caribe, se prepara para virar à esquerda e seguir rumo a um pouso forçado no Aeroporto Internacional José Maria Córdova, para onde se dirigia o avião da Chapecoense. 
 No mesmo instante, o avião com a equipe catarinense desviava a rota original e iniciava uma descida em órbita, possivelmente para aguardar o avião da Viva Colômbia concluir o pouso, antes de também seguir para o aeroporto, afirma Camacho.
Segundo o histórico registrado pelo site Flight Radar, a aeronave HK 5051, um Airbus A320-214 da empresa Viva Colômbia, decolou às 23h27min (horário de Brasília) em direção à ilha caribenha de San Andres. O voo transcorria com normalidade quando às 00:11, dois minutos após cruzar a fronteira da Colômbia com o Panamá, o piloto faz uma manobra à direita e retorna a aeronave em direção a Colômbia, rumo ao aeroporto da região metropolitana de Medellín. 
À 0h45min, a aeronave da Viva Colombia se aproxima do aeroporto para fazer uma curva à esquerda e seguir para o pouso. Neste exato momento, o avião trafegava a 3.559 metros de altitude e 474 Km/h. É nessa hora que o avião da Chapecoense, que vinha reduzindo a altitude em preparação para o pouso, interrompe a trajetória normal e faz uma leve curva à esquerda, seguida de outra mais fechada à esquerda, num movimento em órbita para diminuir altitude. 

Foto: Arte DC sobre imagem de radar / Flight Radar
Quando o avião da Viva Colômbia conclui o procedimento de pouso, à 0h52min, a aeronave que trazia o time catarinense concluía a segunda volta no ar e se preparava para seguir rumo ao aeroporto. Três minutos mais tarde, o sinal do avião da Chapecoense deixou de ser avistado.
Para Camacho, os dados do radar coincidem com o momento em que a aeronave colombiana modifica o trajeto e segue rumo ao aeroporto de Medellín. Os horários exatos ainda não foram divulgados oficialmente, mas segundo a imprensa colombiana, em instantes muito próximos o comandante do avião que levava o time da Chapecoense também havia solicitado prioridade no pouso por "problemas elétricos", que não foram detalhados. 
Em entrevista ao Diário Catarinense, Camacho afirma com "90% de probabilidade" que o acidente foi provocado por erro de cálculo do piloto, já que a aeronave não tinha autonomia de voo para percorrer, sem parar para abastecer, os cerca de 2.984 quilômetros de distância entre os aeroportos de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, de onde partiu o avião da Chapecoense, e o aeroporto de Medellín, onde faria a aterrissagem cerca de seis minutos depois, caso a rota não precisasse ser alterada devido à emergência do Airbus da Viva Colômbia.
Segundo o site da fabricante da aeronave Avro RJ 85, que levava a equipe catarinense, a autonomia de voo com o máximo de combustível é de até 2.965 quilômetros.
Em nota, a empresa Viva Colombia afirma que não houve pedido de "emergência" por parte do comandante do Airbus. Mas confirma que ao perceber um sinal anormal no painel de controle, solicitou permissão para pousar no aeroporto mais próximo, "de forma preventiva".
Diário Catarinse