Em meio a protestos, deputados rejeitaram projeto que proíbe sacrifício de animais.
Os deputados do Rio Grande do Sul, estado com maior número de
seguidores de religiões afro-brasileiras, rejeitaram o projeto de lei da
deputada estadual Regina Becker Fortunati (PDT) que proíbe o uso de animais em
sacrifícios religiosos.
Adeptos de umbanda e
defensores dos animais lotaram o Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa
do Rio Grande do Sul, para acompanhar a votação na Comissão de Constituição e
Justiça que por 11 votos contrários e um a favor foi considerado
inconstitucional pela comissão.
A votação do texto teve
de ser adiada diversas vezes por conta do cenário de guerra que se instalou na
Assembleia. Seguidores de religiões de matriz africana e defensores dos animais
discutiam e se atacavam durante a análise do projeto.
De acordo com o jornal Zero Hora, o texto foi votado por
volta das 10h15min, e a sessão foi transmitida no telão do teatro, enquanto
defensores de animais com apitos, balões e rostos pintados de vermelho,
simbolizando o sangue dos animais tentavam impedir que os deputados seguissem
com a votação.
Durante discurso
favorável ao uso de animais em rituais religiosos o deputado Luiz Fernando
Mainardi (PT) foi chamado de bandido e assassino por opositores a prática.
O projeto apresentado pela deputada do PDT pretendia excluir o Artigo 2
do Código Estadual de Proteção aos Animais de 2003 que autoriza o abate de
animais nos rituais de religiões de matriz africana.
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