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Edelvânia era acostumada a abrir buracos com pá, diz mãe

Em depoimento prestado na manhã desta terça-feira em Rodeio Bonito, Doraci Terezinha Wirganovicz disse à Justiça que Edelvânia Wirganovicz foi criada na roça e sabia abrir buracos desde criança

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Edelvânia era acostumada a abrir buracos com pá, diz mãe  Marcelo Oliveira/Agencia RBS
Doraci Terezinha Wirganovicz prestou depoimento na manhã desta terça-feiraFoto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS
Acostumada à lida na roça desde a infância, Edelvânia Wirganovicz — presa sob acusação de ter participado do assassinato do menino Bernardo Uglione Boldrini — tinha a habilidade necessária para abrir uma cova como a que enterrou o garoto em Frederico Westphalen. Segundo a mãe dela, Doraci Terezinha Wirganovicz, Edelvânia "trabalha com tudo, fazia buraco, cerca, ajuda a família em casa".
Em depoimento prestado na manhã desta terça-feira por carta precatória em Rodeio Bonito, ela sustenta que o filho, Evandro Wirganovicz, também preso pelo crime, não teve nenhuma participação na ocultação do cadáver.
Doraci confirmou que Edelvânia chegou à casa dela, nas proximidades do local da cova, com uma pá e uma cavadeira, na semana em que menino foi encontrado morto. O motivo era "abrir o terreno e encanar água". Porém, Doraci falou ter sentido "uma dor no peito" ao ver as ferramentas.
— Não perguntei nada a ela, a família é inocente, ninguém sabia de nada. Foi aquela mulher (a madrasta, Graciele Ugulini) que botou coisa na cabeça dela — falou Doraci.
A mãe de Edelvânia também relatou que a filha nunca reclamou de dificuldades financeiras e inclusive tinha recebido R$ 6 mil da própria Doraci para ajudar no financiamento de um apartamento que estava comprando. Em depoimento à Polícia Civil, na confissão do crime, Edelvânia disse ter ajudado a matar Bernardo por dinheiro.
Evandro foi pescar próximo à cova
Na noite de quarta-feira, dia 2 de abril, Evandro Wirganovicz esteve nas proximidades do local onde foi cavada a cova usada para enterrar o garoto. É naquela região, ao lado do Rio Mico, onde mora Doraci. De acordo com ela, Evandro estava de licença no trabalho e aproveitou a noite para pescar. Ele costumava fazer isso apenas nos finais de semana e feriados.
— Ele demorou no rio pescando, estava de calçado e calça comprida. Vi ele embalando minhoca. Trouxe uns quantos peixes. O meu filho é inocente, não sabia de nada do que ela estava planejando, eu sou a mãe dele e estou falando a verdade — afirmou ela.
Na semana que antecedeu a morte de Bernardo, Evandro e Edelvânia não estiveram juntos na residência da mãe. Doraci ressaltou que eles eram bem amigos e confidentes. Edelvânia estava no Fórum de Rodeio Bonito, mas pediu para não acompanhar o depoimento da mãe.
— Eles se visitavam, se davam bem, se gostavam. Meus filhos são pessoas boas, educadas, foram criados trabalhando na roça.
Após a audiência em Rodeio Bonito, Edelvânia e Doraci conversaram pela primeira vez, por cinco minutos, desde que a ré foi presa. Muito emocionada, a amiga de Graciele Ugulini pediu perdão à mãe em uma sala anexa ao Foro da cidade.
— A Edelvânia disse que fez porque foi iludida e ameaçada de morte (pela madrasta). Meus filhos são pessoas de bem — disse Doraci.
Na última segunda-feira, sete testemunhas de acusação foram ouvidas pela Justiça em Três Passos, entre elas o casal de empresários Juçara e Carlos Petry, que acolhiam Bernardo, e duas babás que trabalharam com o garoto. Outras testemunhas seguirão falando por carta precatória. Os réus Leandro Boldrini, Graciele Ugulini e os irmãos Wirganovicz devem ser inquiridos na fase final da instrução do processo, ainda sem data marcada.
 
Foto: Marcelo Oliveira/Agência RBS

Fonte Zero Hora

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