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MP investiga repasse de 1,6 mi para Marcha para Jesus do Rio




MP investiga repasse de 1,6 mi para Marcha para Jesus do RioMP investiga repasse de 1,6 mi para Marcha para Jesus do RJ







O pastor Silas Malafaia acredita que a ação é um preconceito contra os evangélicos, pois a prefeitura também financia eventos de outras religiões

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu um processo para investigar o repasse de R$ 1,6 milhão da Prefeitura da capital fluminense para a Marcha para Jesus de 2013.
A promotora Glaucia Santana, da 5ª Promotoria de Tutela Coletiva, denunciou o prefeito Eduardo Paes por improbidade administrativa e citou a laicidade do Estado para dizer que tal repassa é inconstitucional.
“O estado é laico, e a Prefeitura não pode dar dinheiro para evento religioso. Se condenado, o prefeito também pode perder poder político”, disse a promotora ao jornal O Dia.
A Marcha para Jesus é organizada pelo Conselho de Ministros do Estado do Rio de Janeiro que tem o pastor Silas Malafaia como presidente. Diante da denúncia, o pastor evangélico contestou e disse que se trata de um preconceito religioso.
“A Marcha está no calendário oficial da cidade e não é evento da igreja evangélica”, disse ele ao mesmo jornal. “Quero saber se o Ministério Público também abre procedimento para Jornada Mundial da Juventude e para festas interreligiosas. Isso é perseguição contra os evangélicos”, afirmou.
Em resposta, a promotora lembrou que os R$ 7,7 milhões que seriam repassados para a Jornada Mundial da Juventude foram cancelados através de uma ação do Ministério Público. Mas eventos como a Mitra Arquiepiscopal do Rio, uma entidade católica, recebeu R$ 652 mil da Riotur para a realização de três eventos em 2010 segundo O Dia.
O jornal diz também que nos últimos três anos a Prefeitura do Rio repassou R$ 5 milhões ao Conselho de Ministros do Rio para a realização da Marcha para Jesus, porém é preciso lembrar que em 2012 o pastor Silas Malafaia devolveu R$ 410 mil dos R$ 2,48 milhões que foram repassados, pois a Associação Vitória em Cristo (AVEC) colaborou financeiramente com o evento.
É difícil encontrar publicações que exibem quanto a Prefeitura do Rio tem disponibilizado para outros eventos como a Parada do Orgulho LGBT. Em 2009 o prefeito Eduardo Paes contribuiu com R$ 100 mil para o evento e anunciou durante a parada em Copacabana que no ano seguinte, no caso 2010, repassaria R$ 800 mil para que a Parada Gay do Rio se tornasse maior que a de São Paulo.
Por falar em São Paulo, a prefeitura liberou cerca de R$ 1,6 milhões em 2013 para o evento de defesa dos direitos de gays, lésbicas, transgêneros e transsexuais. Naquele ano, o evento – que esperava mais de 2 milhões de pessoas – teve 220 mil participantes segundo dados do Datafolha que realizou uma pesquisa sobre a quantidade de participantes de grandes eventos.
por Leiliane Roberta Lopes

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